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Verdade e intimidade: o caminho para a fusão no Amor

  • Foto do escritor: Bhogananda
    Bhogananda
  • 27 de ago.
  • 2 min de leitura

Quando falamos de intimidade num casal, muitas vezes pensamos apenas no lado físico, de forma mais superficial. Mas a verdadeira intimidade vai muito além disso: verdadeira intimidade é uma fusão de almas, é o libertar dos véus, é uma entrega total de quem realmente somos. Sem máscaras, sem ego, sem barreiras entre nós e o outro.


E aqui entra a verdade. Não existe erotismo profundo, não existe amor que floresça em plenitude, não existe genuína intimidade, sem verdade. Só quando partilhamos tudo o que somos - as nossas luzes, as nossas sombras, forças e fragilidades - é que nos abrimos à verdadeira fusão, união, tanto com o outro, como com todo o universo e macrocosmos. E para partilharmos tudo o que somos... temos de estar ancorados na mais pura das verdades.


Muitos casais vivem anos a fio numa espécie de planalto emocional, sem grandes altos nem baixos, numa linha flat, sem intensidade e sem crescimento real. Porquê? Porque não conseguem partilhar-se por inteiro. Não conseguem abrir-se verdadeiramente, muitas vezes nem para eles próprios. Escondem sentimentos, calam mágoas, disfarçam medos. E cada pequena coisa que fica por dizer transforma-se numa barreira invisível que aumenta ao longo do tempo, criando uma maior e maior distância entre os dois.


Mas o que é que estamos, realmente, a esconder? Quais são os nossos medos? Porque é que não demonstramos vulnerabilidade e expandimos em verdade? Se estou tímido e mostro a minha timidez, há verdade, há puro eros, há uma beleza única. Mas se me escondo, crio uma máscara. E durante o amor, se algo me incomoda e não partilho, o encontro deixa de ser íntimo, entre almas, e passa a ser apenas “eu e a minha máscara”. Cria-se uma barreira subtil que é difícil que quebrar.


Viver a intimidade com verdade, ainda que por vezes assustadora ou difícil, tanto numa relação a dois como com o mundo, significa:

  • Ter coragem de mostrar vulnerabilidades.

  • Aceitar feedback do outro e usá-lo para transformarmos juntos.

  • Partilhar até as pequenas dores, sem medo de parecer “demais” ou ter medo da rejeição ou abandono.


Um só detalhe (importante para nós) não partilhado já é suficiente para que a intimidade não se eleve. É duro, mas é real.


A boa notícia é que a verdade, mesmo quando custa, é libertadora. Dizer: “Não sei quem sou completamente”, ou “Tenho medo disto”, ou "Não me sinto segura(o) com aquilo" abre espaço para que o amor cresça sem barreiras e seja do mais genuíno que há.


Na intimidade, a verdade é o alicerce onde o eros floresce e se transforma em algo maior: uma viagem de duas almas que se encontram, se fundem e se expandem.


Se sentires, experimenta este pequeno desafio: na próxima vez que estiveres com o teu amado ou amada, partilha uma verdade sobre ti que normalmente esconderias. Observa a reacção e feedback dele(a) e sente como se vão conectar de forma mais profunda. Mais humana. Mais do que aproximação física, vais sentir a aproximação de alma.


Porque no fundo, a maior prova de amor é esta: rendermo-nos a ser verdadeiros e a abrir o nosso coração.


love and truth

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